O significado e a importância da Gestão Correta

Por: Caio Becker

 

Recentemente Ronaldo Camilo apresentou uma frase para as Sementes da Qualidade da ABQ. Nessa frase o Ronaldo colocava a qualidade como a pedra angular para a produtividade, a competitividade etc. nas empresas. Como o Ronaldo é meu afilhado na ABQ e amigo de muitos anos, tomei a liberdade para um ajuste na frase. Assim, ajustei para a Gestão Correta é a pedra angular para a qualidade, a produtividade etc. O Ronaldo prontamente acatou o meu ajuste.

 

Logo em seguida solicitei ao Evandro Ribeiro que divulgasse outra Semente da Qualidade apresentando a Gestão Correta como aquela que assegura a qualidade, a produtividade, a competitividade e a sobrevivência nas empresas.

 

Ambas as Sementes da Qualidade já foram divulgadas para os nossos acadêmicos. Mas essas duas Sementes levantam a questão da qualidade e da gestão na ABQ.

 

Muitos acadêmicos estão fixados na Gestão da Qualidade e na própria Qualidade como atributo importante para as empresas. Não estão errados, mas a experiência demonstrou que a qualidade e a produtividade são produtos da gestão da empresa, ou da Gestão Empresarial. Nesse raciocínio, o foco principal da ABQ deve ser a Gestão. Já conseguimos algum resultado quando tratamos a Gestão e a Qualidade como objetivos da ABQ.

 

Mas precisamos conscientizar todos os acadêmicos, os empresários e as pessoas sobre a Gestão Correta, ou seja, precisamos assegurar na empresa a satisfação das Necessidades e Expectativas de todas as Partes Interessadas: os Clientes, os Colaboradores, os Fornecedores, a Sociedade e, por último, mas o mais importante, o Empresário.

Essas Partes Interessadas são clássicas, porque estão presentes em todas as empresas, sejam do comércio, da indústria, prestadoras de serviço e de outras naturezas.

 

O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) contempla as partes interessadas desde a sua criação. Mas por se tratar de um modelo para avaliação da gestão, optou-se, na sua estrutura, pelos Critérios de Avaliação – Evaluation Criteria – até hoje usados pelos americanos. Anos atrás a FNQ decidiu substituir os Critérios de Avaliação do MEG pelos Critérios  de Excelência.

 

Entretanto, existe uma correlação direta entre os Critérios de Excelência do MEG e as Partes Interessadas.

 

Critérios de Excelência

Partes Interessadas

Liderança

Empresários

Estratégias e planos

Empresários

Clientes

Clientes

Sociedade

Sociedade

Informações e conhecimento

Todas as Partes Interessadas

Pessoas

Colaboradores

Processos

Todas as partes Interessadas

Resultados

Todas as Partes Interessadas

 

Atualmente o MEG considera os Fundamentos da Excelência e não mais os Critérios de Excelência na sua estrutura. Mas sem estender demais o assunto, também existe uma correlação entre os Fundamentos da Excelência e as Partes Interessadas.

 

As Normas ISO 9000 da ISO e da ABNT vêm orientando as empresas para a necessidade de organizar os seus processos, formalizando o método de execução de maneira a conseguir os resultados necessários. Analisando a ISO 9001 verificamos que as Partes Interessadas estão contempladas na norma com o objetivo de assegurar a satisfação das suas Necessidades e Expectativas.

 

O Manual ABQ para a Gestão Empresarial – para as pequenas empresas e seus empresários, está estruturado nas Partes Interessadas nas empresas. É um recurso que já está disponível no site da ABQ.

 

Conclusão: o foco na Gestão Correta, ou na Gestão Empresarial, deve nortear as ações da ABQ no apoio às empresas para garantir a Qualidade de seus produtos e serviços, a Produtividade dos seus processos, a sua Competitividade nos seus mercados de atuação e, por último, mas o mais importante, a sua Sobrevivência ao longo dos anos. A experiência e o conhecimento dos acadêmicos devem ser usados nas ações de apoio à sociedade.

 

Até por estar inserida no nome da ABQ, a qualidade continua sendo um alvo na Academia.

Mas não pode ser o único fator a considerar. O campo de atuação da ABQ é muito mais amplo.

Os artigos publicados refletem a opinião dos autores e não necessariamente
a da Academia Brasileira da Qualidade.

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