Jorge Cajazeira, membro da ABQ, participa da COP 29

O Acadêmico Jorge Cajazeira, membro da ABQ, foi um dos integrantes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT na COP29, no Pavilhão das Normas (Standards Pavilion) tanto em sessões da ISO, que abordaram temas como a integração de ESG, financiamento sustentável e resiliência climática, quanto do Lançamento dos Princípios de Implementação ESG da ISO e eventos paralelos.

Na foto: David Bell (BSI); Jorge Cajazeira (ABNT); Brady Allin (Diretor SCC); Jenny Bofinger-Schuster (IFRS) e Sarita Severien (Gerente Sustentabilidade Suzano)

Representada pelo Relações Internacionais, Jorge Cajazeira, a ABNT esteve no centro das atenções entre as principais lideranças mundiais no tema ESG, durante o lançamento do ISO IWA 48 – Framework for implementing environmental, social and governance (ESG) principles.

As diretrizes de ESG da ISO foram desenvolvidas para otimizar práticas de ESG, oferecendo às organizações globais orientações práticas que permitam a comunicação clara de seus esforços em prol da sustentabilidade em todo o mundo.

“Disponibilizadas de forma gratuita, as diretrizes irão capacitar as organizações a navegarem o complexo cenário de ESG (Ambiental, Social e Governança), atender aos requisitos de divulgação e medir, relatar e comunicar com precisão suas atividades. Esse lançamento é o resultado de uma ampla colaboração entre organismos nacionais, liderados pela ABNT em conjunto com o BSI (Reino Unido) e SCC (Canadá)”, comemorou Cajazeira.

Segundo ele, com o aumento de 155% das regulamentações de ESG globalmente na última década, incluindo diversas diretrizes e regulamentações internacionais e os requisitos de divulgação privados como o IFRS, os Princípios de Implementação de ESG da ISO visam ampliar o entendimento e fornecer diretrizes práticas que possibilitem uma apresentação de relatórios e declarações socioambientais mais consistente.

Essas diretrizes se aplicam a organizações de todos os tamanhos e setores e foram projetadas para apoiar práticas de sustentabilidade eficazes e transparentes por meio de uma estrutura padronizada, que oferece às organizações todas as informações necessárias para alcançar suas ambições de ESG, independentemente de seu estágio na jornada.

“Facilitam a integração dos princípios de ESG na cultura organizacional, proporcionando um sistema mais eficaz para desempenho e relatórios. Ao abordar impactos ambientais (como pegada de carbono e gestão de resíduos), considerações sociais (como diversidade e direitos humanos) e práticas de governança (transparência e conformidade regulatória), as organizações podem aplicar uma abordagem verdadeiramente holística. Isso incentiva uma estratégia de crescimento equilibrado e sustentável, acelerando o progresso rumo a um mundo mais sustentável”, completou cajazeira.

Desenvolvidos por uma equipe integrada liderada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pelo Instituto Britânico de Normalização (BSI), pelo Conselho de Normas do Canadá (SCC) e pela Organização Internacional de Normalização (ISO), esses princípios incorporam a contribuição de mais de 1.900 especialistas do setor em 128 países. “Eles fornecem uma estrutura de alto nível para ajudar as organizações a integrar os requisitos de ESG existentes, estabelecer Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) mensuráveis e avaliar sua maturidade em práticas ESG”, explicou.

A publicação surge em meio a crescente demanda sobre o desempenho em ESG e à preocupação de que as divulgações em nível global têm sido inconsistentes e variam amplamente entre jurisdições, tamanhos de empresas e setores. “Como resultado, o cenário de divulgações pode tornar difícil para as organizações navegarem por diferentes estruturas, levando a inconsistências nos relatórios e dificultando a comparabilidade entre setores”, completa Cajazeira.

Os Princípios de Implementação de ESG da ISO foram desenvolvidos para:

  • Apoiar a gestão do desempenho em ESG.
  • Reforçar a medição e o relato sob estruturas de divulgação existentes, promovendo consistência, comparabilidade e confiabilidade dos relatórios e práticas de ESG globalmente.
  • Facilitar a interoperabilidade ao alinhar-se com padrões de relato existentes, criando uma abordagem harmonizada para a conformidade de ESG em várias fronteiras.
  • Promover consistência global, permitindo uma comunicação clara dos esforços de sustentabilidade em todo o mundo.

 

Créditos: Revista da ABNT

Este artigo expressa a opinião dos Autores e não de suas organizações.

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