quinta-feira, março 28, 2024

Academia Brasileira da Qualidade (ABQ): Qualidade como prioridade nacional

Este artigo expressa a opinião dos Autores e não de suas organizações.
  “Temos como missão contribuir para o desenvolvimento do conhecimento em qualidade, inovação e excelência da gestão, para o benefício das organizações e da sociedade brasileira. Além disso, atualmente, é intuitivo a todas as pessoas o desejo pela qualidade. Assim, devem ser apresentados aos cidadãos, com o suporte de todos os meios de comunicação, os benefícios de se exigir que tudo seja realizado com qualidade, tornando-a então uma prioridade nacional, com consequências diretas na melhoria do cotidiano de cada um”. Com essa frase o presidente da ABQ e professor titular de pós graduação em engenharia de produção da Universidade Paulista, Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto, explica que a instituição foi fundada em 11 de novembro de 2010 e no desenvolvimento de suas atividades, vem objetivando essencialmente contribuir para a melhoria da qualidade de vida do ser humano, atuando também em colaboração com organizações públicas e privadas do Brasil e do exterior.
“Desde a sua constituição, a ideia sempre foi utilizar, para cumprir sua missão, a liderança, a seriedade e a capacidade profissional de seus acadêmicos, de modo individual ou coletivo. Tanto é que todos os eventuais recursos financeiros arrecadados foram aplicados exclusivamente para cumprir sua missão, sendo vedado aos acadêmicos auferir qualquer tipo de vantagem financeira decorrente da sua atividade na ABQ. Temos respeito pela sociedade e adotamos comportamentos éticos que contemplam o respeito ao próximo e a todos os públicos, sem qualquer tipo de discriminação, bem como às leis vigentes no Brasil. Como o evento realizado em novembro de 2014, estamos cumprindo a nossa missão, com atividades científicas, técnicas e culturais, contando, para tanto, com o apoio obtido por meio de parcerias, na forma de recursos materiais, informacionais, humanos e financeiros. O que queremos é induzir a implementação da qualidade nas empresas brasileiras, que todos os brasileiros se conscientizem de que somente dessa forma vamos aumentar a competitividade do país”, assegura o persidente.
Para o diretor vice presidente da ABQ, Basilio V. Dagnino, a criação da instituição ocorreu porque foi sentida uma lacuna na sociedade brasileira de uma entidade que resgatasse a qualidade no Brasil, que procurasse unir todos os setores em prol das melhorias que são necessárias para a produtividade nacional. “Atualmente, o assunto qualidade está um pouco esquecido, mas a intenção é que isso volte à pauta, tanto nas empresas como no governo e na sociedade como um todo. Estamos tentando incutir, principalmente nos jovens, por meio de variadas ações e projetos visando esse público promover a qualidade. Uma das pessoas incentivadoras da fundação da ABQ foi o Evandro Lorentz que procurou outros especialista que atuavam na área para tentar reunir um grupo de em torno da ideia. Hoje, depois de promover um evento no dia 13 novembro de 2014, na Fiesp em São Paulo, o Seminário ABQ Qualidade Século XXI – Os desafios para a Competitividade Brasileira, a academia está consolidada. Para assistir às palestras, basta clicar no linkhttp://www.transmitirnaweb.com.br/ABQEVENTOS/. Já está marcada a segunda edição do evento para o dia 12 de novembro de 2015”.
Na abertura do evento, João Mário Csillag, presidente da ABQ, discorreu sobre o O Dia Mundial da Qualidade e a ABQ. Fez uma pergunta para os seus avós: o que você acha se lhe disser que seus netos, que somos nós, teremos celulares quando na época havia apenas telégrafo e correio? E que viveríamos mais de 75 anos quando eles viviam 55? Que faríamos viagens para o espaço e que pousaríamos num cometa quanto na época havia apenas voos de curta distância?
“Nós também ficaríamos incrédulos se nos dissessem que teríamos óculos que nos permitiriam trazer arquivos por meio de piscadas à nossa frente; que teríamos lentes com realidade aumentada, permitindo sobrepor imagens virtuais à realidade que nos facilitariam prospectar petróleo e outros minerais, que estas lentes com GPS nos permitiriam prospectar minerais, petróleo tesouros arqueológicos, tradução simultânea de uma língua que não conheço, reconhecer pessoas e disponibilizar suas biografias instantaneamente? Que o carro do futuro não teria motorista, que o câncer vai desaparecer, pois microprocessadores de DNA poderiam detectar proteínas de câncer se formando instantaneamente com material colhido nos vasos sanitários; que nanopartículas poderiam identificar e destruir células cancerígenas na sua formação? Que o mapeamento de genes poderá ser feito para cada um a preços acessíveis e teremos um manual das pessoas. Que o envelhecimento será retardado, dando oportunidade de viver mais? E assim por diante”.
Como conclusão, Csillag afirmou que tais inventos, que são rupturas, são descobertas apenas em países de vanguarda. “Esses os países de vanguarda têm IDH alto, que os diferencia dos demais. Para tais rupturas ocorrerem é necessário haver centros de pesquisa, hospitais de referência e repositórios, como também empreendedorismo em nível alto. E eu pergunto: enquanto todos os países trabalham duro para fazer novas rupturas, o que nós vamos oferecer aos nossos netos quando eles estiverem se formando? Pode-se montar uma árvore de causa efeito procurando a causa raiz disto tudo. Ou seja, IDH alto implica em PIB per capita alto assim como educação e expectativa de vida com segurança em bons níveis. O que implica em ter também boa balança comercial e bons resultados em serviços, em indústria, em comércio e em construções, além de infraestrutura. O que nos falta é qualidade na educação, na expectativa de vida e no aspecto renda per capita, ou seja, Qualidade em tudo que fazemos. E que nosso sonho será recomeçar pela qualidade e voltar em direção aos efeitos subindo até chegarmos a fazer parte dos países de vanguarda onde as rupturas ocorrem, que é o que poderemos oferecer aos nossos netos.
Já Claudius D´Artagnan Cunha Barros, diretor da Propar Gestão Empresarial, falou sobre A Liderança Estratégica no Contexto da Gestão da Qualidade. Para ele, em qualquer empresa, existem as pessoas dos níveis estratégicos que falam a linguagem dos resultados, os níveis táticos que são bilíngues, devem interagir com todos os níveis, já que precisam se comunicar com os níveis operacionais, que falam a linguagem das coisas. A gestão da qualidade em uma Company Wide precisa necessitam ter ações institucionais, comportamentais e sistêmicas com equilíbrio para atender bem o cliente.
“Educar é fazer as pessoas entenderem os princípios, os conceitos, os fundamentos, a responsabilidade e a importância do seu trabalho. Treinar é desenvolver as habilidades! E qual o maior e mais eficaz instrumento de educação que se conhece? Exemplo. As pessoas se orientam pelos líderes não pelo que eles dizem, mas sim pelo que eles fazem”.
Segundo D´Artagnan, há uma convergência dos gurus da qualidade: invista na prevenção e no planejamento; qualidade é responsabilidade de todos; e a importância das pessoas e do trabalho em equipe. “Como mensagem final, gostaria de dizer uma frase de um autor desconhecido: “Os grandes resultados e as grandes conquistas jamais serão atingidos através de grandes esforços de poucas pessoas. Os grandes resultados e as grandes conquistas somente serão atingidos através de pequeno esforços de todas as pessoas.”
Nigel Croft, Chairman, ISO/TC 176/SC 2 – Quality Systems, palestrou sobre Qualidade e Sustentabilidade – O importante papel da ISO”. Ele destacou que a ISO desenvolve normas voluntárias internacionais de alta qualidade que facilitam o intercâmbio internacional de bens e serviços, apoiam o crescimento econômico sustentável e equitativo, promovem a inovação e protegem a saúde, a segurança e o meio ambiente. “Os conceitos principais são: identificar os processos necessários para alcançar os resultados desejados; monitorar continuamente os riscos (causa/efeito); pensamento baseado em risco; e gerenciar os processos e o sistema usando o ciclo PDCA. A tendência atualmente é o alinhamento das normas de sistemas de gestão. O Grupo Coordenação Técnica da ISO (“JTCG”) vem buscando uma visão conjunta para as normas de sistemas de gestão; uma estrutura de alto nível para todas as normas ISO de sistemas de gestão; títulos idênticos dos itens sob a estrutura de alto nível; e um vocabulário núcleo genérico para as normas de sistemas de gestão”.
Nigel afirmou que o objetivo é facilitar a vida das organizações que optem por um sistema de gestão único. As Diretivas ISO Parte 1:2012 ou o Anexo SL incorpora as recomendações do trabalho do JTCG; define a estrutura e o formato comum para todas as novas normas ISO de sistemas de gestão e revisões das normas existentes; um texto comum (aproximadamente 30% de cada norma terá texto idêntico); e isso está tendo um profundo impacto na revisão das normas ISO 9001 e ISO 14001. Anexo SL tem uma estrutura de alto nível e inclui: 1. Escopo, 2. Referências normativas, 3. Termos e definições, 4. Contexto da organização, 5. Liderança, 6. Planejamento, 7. Suporte, 8. Operação, 9. Avaliação de desempenho e 10. Melhoria.
Depois, ele comentou sobre a revisão da ISO 9001, já que o Draft International Standard (DIS) foi colocado em votação de acordo com os procedimentos da ISO e recebeu cerca de 90% de aprovação, o que é suficiente para que se possa avançar para a próxima fase: Final Draft International Standard (FDIS). Esse documento agora vai passar por todos os comentários recebidos durante a votação do DIS, a fim de produzir uma versão final que será então apresentada para votação. Uma vez aprovada, a norma poderá ser publicada.
“Estamos no caminho certo, e estamos dentro do cronograma para a publicação”, disse Croft. “A nova versão é fortemente baseada em três conceitos básicos fundamentais: a abordagem de processo que foi muito bem sucedida na versão de 2008 será sobreposta pelos sistema de processos; a metodologia plan-do-check-act e um terceiro conceito central que será novo na versão de 2015 que é o pensamento baseada no risco, visando a prevenir resultados indesejados”.
A ISO 9001 é um das normas mais conhecidas da ISO, com mais de 1,1 milhões de certificados em todo o mundo. Fornece requisitos para ajudar as empresas a demonstrar que podem oferecer consistência aos seus clientes , além de produtos e serviços de boa qualidade.
Também fornece uma forma para ajudar as empresas em otimizar seus processos e tornar mais eficientes no que fazem. A ISO 9001 pode ser utilizada por organizações de todos os tipos e tamanhos. A norma tem inspirado uma série de documentos para aplicações específicas em setores industriais e de serviços, inclusive para o automotivo, médico, para os governos locais e muito mais.
Nigel comentou que o projeto da ISO é fazer o alinhamento das normas de sistemas de gestão, pois o Grupo de Coordenação Técnica da ISO está propondo uma visão conjunta para as normas de sistemas de gestão, uma estrutura de alto nível para todas as normas ISO de sistemas de gestão, títulos idênticos dos itens sob a estrutura de alto nível e um vocabulário núcleo genérico para as normas de sistemas de gestão. “O objetivo é facilitar a vida das organizações que optem por um sistema de gestão único”, acrescentou.
Por fim, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter abordou o tema Qualidade no Serviço Público Brasileiro: Importância da Governança. Para ele, o avanço nessa área foi bastante interessante. “O problema é que o tema em si, os resultados e as repercussões tanto no setor privado como o público, são lentos porque se deve fazer toda uma análise, têm correções, melhorias. Então, os frutos, normalmente, levam 12, 18 meses. Mas isso não quer dizer que já não tenhamos atingido algumas coisas extremamente importantes”.
Ele explicou que o primeiro trabalho foi na Casa Civil. “E aí, nós trabalhamos. Como o PAC, que era uma estrutura que trabalhava dentro da Casa Civil, foi para o Ministério do Planejamento, foi necessário fazer uma, de certo modo, reorganização na Casa Civil para dar condições de administração para que a presidenta possa acompanhar todos os projetos que ela entende mais importantes. Então, utilizou-se a tecnologia já consagrada em outros países, que a McKinsey utilizou em mais de dez países desenvolvidos, bem desenvolvidos. E se fez toda uma estrutura de informática. Isso teve um avanço muito bom, que dá essas condições. Maior ou o menor em utilização e como são normalmente os processos da própria Casa Civil são temas muito internos.
Gerdau disse que o Movimento Brasil Competitivo, que cuida dos temas de programas de qualidade do setor privado e das pequenas empresas, um programa para pesquisar mais de 30 mil pequenas empresas anualmente para fazer a sua avaliação, etc. “No setor público, nós fizemos um trabalho de atendimento, vamos dizer, de uns 12 estados e alguns municípios grandes. Eu diria que, dentro disso, tem um percentual aí de 30% a 40% que houve realmente mudança cultural no modo de gerir as coisas. Agora, esse rompimento cultural que o Brasil absorveu da área empresarial de forma importante é praticamente todos os grupos maiores empresariais entrarem nessa metodologia, que é essencialmente estruturada na experiência do professor Falconi. Metodologia vinda do Japão, que dos Estados Unidos foi para o Japão. O conceito é dominar e gerenciar os processos em todas as suas etapas. Que o domínio do processo e das pessoas que atuam no processo faz que cresça uma eficiência de 20%, 30%”.
Para o empresário, alguns temas, no seu entender, são importantes. Um é a educação. A educação é um fator decisivo na busca por produtividade. Segundo ponto é logística. “Os Estados Unidos tem um custo sobre o PIB de 6,5% a 8% sobre o PIB, o custo da logística. No Brasil, nós vamos a um número ao redor de 15%. Então, nós temos um custo adicional de 7%, 8% sobre tudo o que o Brasil produz. Por isso que, saiu esses dias ainda, produtor de soja no Brasil, para colocar a soja na China, paga US$ 200. O produtor americano paga US$ 105 para colocar. Tem US$ 95 dólares que são tirados do produtor brasileiro para conseguir colocar esse produto lá”.
Ele garante que a opção da gestão pública é a transparência e acesso à informação de forma simplificada; uma visão integrada e integral dos gastos; a governabilidade através de estrutura decisória ágil; o respeito a instituições e contratos; e a responsabilização de gestores (accountability). “Em minha opinião, não temos o direito de sermos omissos, no potencial que a gestão pode representar na melhoria da qualidade de vida da população”, finalizou. 

Manifesto
A ABQ, no final do evento, distribuiu um manifesto que foi enviado às autoridades. “A Academia Brasileira da Qualidade tem por MISSÃO contribuir para o desenvolvimento do conhecimento em qualidade, inovação e excelência da gestão, para benefício das organizações e da sociedade brasileira. À luz de sua MISSÃO, por ocasião das comemorações do DIA MUNDIAL DA QUALIDADE nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2014, a Academia divulga este MANIFESTO à Sociedade Brasileira tendo em tela os conhecidos problemas de gestão que têm influenciado negativamente a utilização dos recursos e a qualidade dos produtos e serviços no Brasil, com impacto direto na vida de todos os cidadãos.
1 QUALIDADE COMO PRIORIDADE NACIONAL: É intuitivo a todas as pessoas o desejo pela qualidade. Assim, devem se apresentar aos cidadãos, com o suporte de todos os meios de comunicação, os benefícios de se exigir que tudo seja realizado com qualidade, tornando-a então uma prioridade nacional, com consequências diretas na melhoria do cotidiano de cada um.
2 EDUCAÇÃO E SAÚDE: BASE PARA A QUALIDADE: Para tanto, devem ser realizadas ações que reafirmem o valor da educação e da saúde como pilares da construção da cidadania, com foco na valorização dos professores, dos médicos e dos profissionais da educação e da saúde. Por extensão, todos de cada família devem ser envolvidos, reforçando seus laços e estendendo-os para a comunidade. Neste processo, recomenda-se que os especialistas insiram nos currículos escolares noções de empreendedorismo e gestão nos diferentes níveis de ensino e na profundidade e abrangência compreensíveis a cada nível de maturidade do corpo discente e sempre em consonância com a vocação de cada região brasileira.
3 NÃO HÁ QUALIDADE SEM UM PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL: Entretanto, antes da educação e da saúde, cidadãos sem fome. Assim, é imprescindível que sejam mantidos os programas sociais de erradicação da pobreza, que, sem contornos partidários, devem visar tão somente ao benefício das pessoas que deles efetivamente precisam. Passado o primeiro momento, deve-se evoluir do “dar o peixe” para o “ensinar a pescar”, pois é oportuno ter em mente que o real sucesso de um programa de inclusão social é mensurado através do número de pessoas que não mais dele precisam, pois já têm os meios de, por si só, terem uma vida de cidadania plena.
4 JUSTIÇA COM QUALIDADE: Essa cidadania plena só é garantida por uma justiça independente, ágil, apoiada em forças de segurança capacitadas. Uma justiça que, além de seus esforços, atue de forma a suprimir o sentimento comum de que há impunidade no Brasil. Por fim, uma justiça que emita pareceres em uma linguagem compreensível pelo cidadão comum e que promova a celeridade nos processos sob sua alçada.
5 SERVIÇO PÚBLICO COM QUALIDADE: O exemplo de uma justiça com qualidade certamente se desdobrará em todas as instituições de serviço público, nas quais programas que privilegiem a dedicação do servidor e a meritocracia devem ser implantados. Some-se a isso uma gestão transparente da coisa pública, com a simplificação da burocracia e a apresentação, onde permitida, de todas as ações e informações na internet e em quaisquer outros meios que as tornem acessíveis a todos os cidadãos.
6 EXERCÍCIO DO MANDATO PÚBLICO COM QUALIDADE: Mais ainda do que uma justiça com qualidade e um serviço público com qualidade, é imperioso que todos aqueles que foram honrados com nosso voto democrático trabalhem de forma ativa, ética e eficiente, colocando os anseios e sonhos de seus representados acima de qualquer interesse pessoal. Todos bem sabem que são chamados de pessoas públicas e, portanto, no exercício de suas funções, todos os seus atos devem ser públicos. Isso é condição indispensável para o exercício pleno de um mandato com qualidade.
7 QUALIDADE EXIGE INOVAÇÃO: Por tudo isso, ao observarmos as ações desenvolvidas por nações mais competitivas, verifica-se que os programas de qualidade que se iniciam com a educação da juventude velozmente se multiplicam em inovações de toda a ordem. Aperfeiçoam-se produtos e serviços existentes e surgem outros melhores, em ciclos cada vez mais rápidos. Deve-se, portanto, estimular fortemente os processos criativos que reforçarão nossa competitividade e posicionarão a Marca Brasil em um patamar internacionalmente mais alto. Ressaltam-se por justiça as inegáveis contribuições hoje já dadas pela Embrapa, pelo Instituto Oswaldo Cruz, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, pelo Instituto Nacional do Câncer e por muitas Universidades e organizações, que só precisam de mais investimentos para se desenvolver em toda a sua plenitude.
8 INOVAÇÃO FAVORECE O EMPREENDEDORISMO: O desdobramento natural desses investimentos é o frutificar de ideias, que levam ao empreendedorismo. Surgirão organizações, com e sem fins lucrativos, que gerarão riquezas para todos e, no fechar de um círculo virtuoso, exigirão mais e mais educação.
9 O CONCEITO AMPLO DE QUALIDADE: Nesse contexto, bem sabemos que o conceito moderno de qualidade engloba desde a qualidade técnica de processos, produtos e serviços até as ações para a excelência na gestão, necessariamente assim passando pela sustentabilidade, pela qualidade nas relações entre as pessoas e suas organizações, pela gestão do conhecimento, pela ação da liderança e por outras áreas, tudo isso brilhantemente consolidado no Modelo de Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade.
10 TRANSFORMANDO O BRASIL PELA QUALIDADE: Por isso, deve-se aumentar a sinergia entre as instituições que atuam no aprimoramento da gestão, como, por exemplo, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, o Movimento Brasil Competitivo, o Inmetro, a GesPública, a Fundação Nacional da Qualidade, os Programas e Prêmios Regionais eSetoriais de Qualidade e Produtividade, as Universidades, a ABNT, o Sebrae, entre outras não citadas, mas que já dão contribuições relevantes ao desenvolvimento da qualidade. Neste processo, deve-se implantar um planejamento comum, abrangente, somador dos esforços individuais, que evite superposições e maximize a utilização de recursos, tendo indicadores de desempenho transparentes e acessíveis a todos.
11 QUALIDADE GERA BENEFÍCIOS PARA TODOS: A qualidade gera benefícios ao aumentar a produtividade e reduzir custos. Isso conduz a uma maior competitividade com sustentabilidade. Adquirir um produto ou um serviço nessas condições é fator de alegria para o cidadão e para a sua família. Assim, nossa criatividade, tão decantada por todos os povos que nos conhecem, será canalizada para a melhoria de tudo o que nós já produzimos e iremos produzir. Poderemos dizer com satisfação que o futuro tornou-se presente para um país que sempre esperava o futuro.
12 SOMOS RESPONSÁVEIS POR NOSSO FUTURO COMUM: Nosso Manifesto, longe de querer ser completo, consolida ideias para um Brasil melhor, ideias essas que não são nossas, mas que representam um senso já comum entre os cidadãos brasileiros. Cada cidadão, por suas ações, é responsável pela construção de nosso futuro. E a Academia Brasileira da Qualidade, pela força do trabalho individual e coletivo de seus membros, coloca-se assim a serviço da Sociedade Brasileira. 

Os acadêmicos
Ariosto Farias Junior
Basilio V. Dagnino
Caio Márcio Becker Soares
Carlos de Mathias Martins (in memoriam)
Carlos Lombardi
Claudius D’Artagnan Cunha Barros
Dorothea Fonseca Furquim Werneck
Edson Pacheco Paladini
Eduardo Vieira da Costa Guaragna
Elcio Anibal de Lucca
Eliezer Arantes da Costa
Ettore Bresciani Filho
Evando Mirra de Paula e Silva
Evandro G. Lorentz
Fabio E. P. Braga
Francisco Paulo Uras
Getúlio Apolinário Ferreira
Hayrton Rodrigues do Prado Filho
Heitor Augusto de Moura Estevão
Ilcon Miranda Costa
Iris Bento da Silva
Itiro Iida
Jairo Martins da Silva
João Mário Csillag
Jorge Gerdau Johannpeter
José Ephim Mindlin (in memoriam)
José Israel Vargas
José Joaquim do Amaral Ferreira
José Paulo Silveira
José Ribeiro da Costa (in memoriam)
Juarez Távora Veado (in memoriam)
Luiz Carlos do Nascimento
Marcio F. Migues
Nigel Howard Croft
Ozires Silva
Paulo Afonso Lopes da Silva
Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto
Reinaldo Dias Ferraz de Souza
Ruy de C. Bergstrom Lourenço Filho
Vicente Falconi Campos
Vivaldo A. Russo

Este artigo expressa a opinião dos Autores e não de suas organizações.

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